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Central de Artesanato Mestre Dezinho

Em frente à Praça Pedro II, a Central de Artesanato Mestre Dezinho, integra o complexo cultural do centro da cidade. O local, que já foi sede da Policia Militar durante os tempos da ditadura, hoje abriga vinte e cinco lojas de produtos artesanais confeccionados a base fibras, couro e talos de buriti; auditório para eventos, palco para shows, lanchonete, escola de balé e escola de música.

Seu nome é uma homenagem, por decreto estadual de 1994, a um dos mais importantes artesãos do Piauí, José Alves de Oliveira (Mestre Dezinho) morto no ano 2000 natural do município de Valença do Piauí , com um trabalho reconhecido nacionalmente, comumente chamado de Mestre por conseguir incentivar outros jovens e adultos a seguir sua profissão. Dezinho é um grande expoente da Arte Santeria do Piauí, o ofício é considerado hoje patrimônio imaterial pelo Iphan.

O edifício da sedia já foi Quartel da Polícia Militar do Piauí até 1978 e passou a abrigar a Central de Artesanato Mestre Dezinho na década de 1980, após passar por reforma. Ainda é possível visitar um um porão no prédio que foi utilizado como sala de tortura, durante o período da Ditadura Militar, e que ainda mantém preservada em seu acervo um guia histórico para aqueles que querem saber mais detalhes sobre o período da Ditadura no estado.


Esse lugar concentra tanta coisa legal que fica difícil resumir. Visitar o Centro de Artesanato é rolê de teresinense, que vai lá sentar no Bar do Pelé, tomar uma água de coco e comer um PF no capricho, mas é também passeio de turista, que vai comprar imã de geladeira de Teresina e tirar foto com a escultura dos animais da megafauna.

Lá dentro, além das lojas de artesanato, funcionam hoje duas escolas: a Escola de Dança Lenir Argento, centro de formação de profissionais de dança do Piauí, em especial em Ballet Clássico; e a Escola Estadual de Música Possidônio Queiroz, que oferece cursos anuais e intensivos de férias. Ambas são voltadas para todos os públicos, desde crianças até idosos, mas conta com número de vagas limitado.

Ainda no Centro de Artesanato, você pode visitar o Porão da Ditadura, uma sala localizada no subsolo de uma das lojas. O porão foi usado para torturar presos políticos do Estado do Piauí durante a ditadura militar, período durante o qual funcionou o prédio sediou um quartel da Polícia Militar. Possui ar sombrio, úmido e claustrofóbico.

Ainda hoje é possível ver marcas de sangue nas paredes. Uma triste memória dos anos de chumbo no Piauí.

Referência:

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